terça-feira, 23 de março de 2010

Distância




Coisa ruim essa de ficar longe.
De querer e não ter.
De morar um aqui o outro lá.

Ruim marcar hora pra falar.
Ver pixel e não pele.
Ter que narrar pro outro imaginar...

Ruim não usar os três melhores sentidos...
Olfato. Tato. Paladar.
Ruim não poder participar.
Ter que esperar...

O lado bom?

Gostoso é não ter tempo pra brigar.
Aquietar o desejo pra depois matar...
Gostoso é valorizar.
É não cair na rotina.

Gostoso é receber mensagem no meio da reunião.
É beijar a foto amassada que fica encostada nos livros da estante.
Ficar ansiosa. Sentir frio na barriga.
É riscar os dias que já passaram.
É saber que um dia a distância terá fim...



domingo, 21 de março de 2010

Eu só tenho amiga "artista chique"...

Gentens,

Sério, eu só tenho amiga podreeeeeeeeeeeeeeeeee de chique, inteligente e famosa! Para ninguém dizer que é mentira, tou postando uma canção da amiga, diretora de produção, cantora, compositora e adestradora de leões, nas horas vagas, Nicole Zeghbi. Escutem e se apaixonem. Quem quiser ouvir mais, só passar no My Space da moça.




www.myspace.com/nicolezeghbi

quinta-feira, 18 de março de 2010

ESPELHO

Sou prata e exato. Eu não prejulgo.


O que vejo engulo de imediato

Tal qual é, sem me embaçar de amor ou desgosto.

Não sou cruel, tão somente veraz —

O olho de um deusinho, de quatro cantos.

O tempo todo reflito sobre a parede em frente.

É rosa, com manchas. Fitei-a tanto

Que a sinto parte de meu coração. Mas vacila.

Faces e escuridão insistem em nos separar.



Agora sou um lago. Uma mulher se inclina para mim,

Buscando em domínios meus o que realmente é.

Mas logo se volta para aqueles farsantes, o lustre e a lua.

Vejo suas costas e as reflito fielmente.

Ela me paga em choro e agitação de mãos.

Sou importante para ela. Ela vai e vem.

A cada manhã sua face reveza com a escuridão.

Em mim afogou uma menina, e em mim uma velha

Salta sobre ela dia após dia como um peixe horrendo.
poesia de Sylvia Plath
tradução de Vinicius Dantas

terça-feira, 16 de março de 2010

O primeiro a gente nunca esquece…


Parei em frente ao espelho, como faço toda manhã. Tirei o secador do armário e comecei o procedimento: cabeça pra baixo, uma mão segura e chacoalha o secador, a outra bagunça os fios finos e lisos na tentativa de obter algum volume. Cinco minutos, no máximo, e,  a curta cabeleira está irritantemente arrumada. Com um movimento rápido das mãos uma última tentativa – frustrante – de bagunçar a medeixa. Desisto. Para finalizar, um grampo segura a franja.


Hoje cedo percebi algo diferente. Olhei de frente. Virei o rosto de perfil vagarosamente, primeiro para um lado, depois pro outro, como se tentasse achar um dos sete erros do jogo. Aproximei o rosto do espelho, quase grudei a bochecha do vidro gelado e algo brilhou, lá no topo da cabeça, brilhou e sumiu. Um movimento suave, quase em câmera lenta, para pegar no flagra aquilo que brilhava... Pouquinho pra lá e de repente, o ângulo certo me fez enxergá-lo novamente... meu primeiro cabelo branco, lindamente reflexivo, rindo de mim, e me lembrando, já cedo, que realmente, não tenho mais vinte e poucos anos...

PS: era para esse blog ser divertido.
PS2: a Meryl Streep é o máximo, mesmo de cabelo branco.
PS3: vou me enforcar em um pé de couve.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Um pouco de música e clichê...


— Amor, você me dá aquela estrela ali?

— Eu te darei o céu meu bem e o meu amor também.

— Você me ama? De verdade?

— Amo-te tanto, meu amor... não cante / O humano coração com mais verdade... / Amo-te como amigo e como amante / Numa sempre diversa realidade. / Amo-te afim, de um calmo amor prestante / E te amo além, presente na saudade. / Amo-te, enfim, com grande liberdade / Dentro da eternidade e a cada instante...

— Que lindo... Mas... Não te dá medo? Todo esse amor?

— Ah! Deixa pra lá meu amor / Vem comigo e esquece / Este drama ou o que for / Sem sentido / Ama não ama se ama me chama / Que eu vou...

— Eu também vou. Mas quero que dure pra sempre...

— Amor da minha vida, / Daqui até a eternidade / Nossos destinos foram traçados na maternidade...

— Ufa! Se é assim... Se essa felicidade durar a vida toda... mas me diz, onde você estava todo esse tempo?

— Vivia a te buscar / Porque pensando em ti / Corria contra o tempo / Eu descartava os dias em que não te vi / Como de um filme / A ação que não valeu / Rodava as horas pra trás / Roubava um pouquinho / E ajeitava o meu caminho / Pra encostar no teu...

— Ah, você é perfeito. Casa comigo???



segunda-feira, 8 de março de 2010

Geração Y - acho que eu sou. E você?



Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais e até egoístas. Mas se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos para mudar o mundo
RITA LOIOLA - para revista galileu
Priscila só faz o que gosta. Francis não consegue passar mais de três meses no mesmo trabalho. E Felipe leva a sério esse papo de cuidar do meio ambiente. Eles são impacientes, preocupados com si próprios, interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta do planeta.
Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos. "Tudo é possível para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna, professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral. "Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo."
Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados são outros adjetivos menos simpáticos para classificar os nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática e da ruptura da família tradicional, essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer. "Minha prioridade é ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para mim", diz a estudante Priscila de Paula, de 23 anos. "Fico muito insatisfeita se vejo que fui parar em um lugar onde faço coisas sem sentido, que não me acrescentam nada."
A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo. "Esses jovens estão aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito", afirma Anderson Sant'Anna. "Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus próprios interesses, os jovens estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos."
Nessa etapa, "busca de significado" é a expressão que dá sentido às coisas. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer". O estudo, desenvolvido por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato e apresentado em julho, tentou traçar um perfil dessa geração que está dando problema para pais, professores e ao departamento de RH das empresas.
No trabalho, é comum os recém-contratados pularem de um emprego para o outro, tratarem os superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando não são reconhecidos. "Descobrimos que eles não são revoltados e têm valores éticos muito fortes, priorizam o aprendizado e as relações humanas", diz Miriam. "Mas é preciso, antes de tudo, aprender a conversar com eles para que essas características sejam reveladas."
BERÇO DIGITAL § E essa conversa pode ser ao vivo, pelo celular, e-mail, msn, Twitter ou qualquer outra ferramenta de comunicação que venha a surgir no mundo. Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente.
Uma pesquisa do Departamento de Educação dos Estados Unidos revelou que crianças que usam programas online para aprender ficam nove pontos acima da média geral e são mais motivadas. "É a era dos indivíduos multitarefas", afirma Carlos Honorato, professor da FIA. Ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, constantes.
É mais ou menos como se os nascidos nas duas últimas décadas fossem um celular de última geração. "Eles já vieram equipados com a tecnologia wireless, conceito de mobilidade e capacidade de convergência", diz a psicóloga Tânia Casado, coordenadora do Programa de Orientação de Carreiras (Procar) da Universidade de São Paulo. "Usam uma linguagem veloz, fazem tudo ao mesmo tempo e vivem mudando de lugar." O analista Francis Kinder, de 22 anos, não permanece muito tempo fazendo a mesma coisa. "Quando as coisas começam a estabilizar fico infeliz", diz. "Meu prazo é três meses, depois disso preciso mudar, aprender mais."
Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em um ano. A pressa mostra que eles estão ávidos para testar seus limites e continuar crescendo na vida profissional e pessoal. Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas, dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente.
"Esse ambiente onde qualquer um pode ser desmascarado com uma simples busca no Google ensinou aos mais novos que a clareza e a honestidade nas relações é essencial", afirma Ana Costa, pesquisadora da FIA. "Não consigo conviver com gente pouco ética ou que não cuida do ambiente onde vive", diz Felipe Rodrigues, 22 anos, estudante de administração. O sentimento do rapaz é compartilhado por 97% dos nascidos na mesma época, que afirmam não gostar de encontrar atitudes antiéticas ao seu redor, de acordo com os dados da FIA. "Chegou a hora dos chefes transparentes, alguém que deve ensinar. A geração passada enxergava os superiores como seres para respeitar e obedecer. Não é mais assim."
Mas, além de aprender com os superiores, eles sabem que também podem ensiná-los, em uma relação horizontal. Os jovens modernos funcionam por meio de redes interpessoais, nas quais todas as peças têm a mesma importância. "A Geração Y mudou a forma como nós interagimos", diz Ana Costa. "O respeito em relação aos superiores ou iguais existe, mas é uma via de duas mãos. Eles só respeitam aqueles que os respeitam, e veem todos em uma situação de igualdade", afirma.

VIDA PESSOAL EM PRIMEIRO LUGAR § Os sinais mais claros da importância que os jovens dão aos próprios valores começam a piscar no mundo do trabalho. Como seus funcionários, as empresas estão flexibilizando as hierarquias, agindo em rede, priorizando a ética e a responsabilidade. E, se no passado a questão era saber equilibrar a vida íntima com uma carreira, hoje isso não é nem sequer questionado: a vida fora do escritório é a mais importante e ponto final.
Uma oficina sobre carreiras com estudantes da Faculdade de Administração da USP mostrou que a prioridade da maioria deles é ter "estilo de vida", ou seja, integrar o emprego às necessidades familiares e pessoais - e não o contrário. "A grande diferença em relação às juventudes de outras décadas é que, hoje, eles não abrem mão das rédeas da própria vida", diz Tânia Casado. "Eles estão customizando a própria existência, impondo seus valores e criando uma sociedade mais voltada para o ser humano, que é o que realmente importa no mundo."
"VAMOS MUDAR O MUNDO!"
Nos últimos 60 anos, três gerações marcaram época e mudaram os valores e o jeito de a sociedade pensar. Agora é a vez da abusada Geração Y
TRADICIONAIS (até 1945) >>> É a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma empresa e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.
 BABY-BOOMERS (1946 a 1964) >>>São os filhos do pós-guerra, que romperam padrões e lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e, mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.
 GERAÇÃO X (1965 a 1977) >>> Nesse período, as condições materiais do planeta permitem pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação já podem tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram céticos e superprotetores.
 GERAÇÃO Y (a partir de 1978) >>> Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma.


O SENHOR Y
 Bruce Tulgan, 42, fundou uma consultoria e se dedica a estudar os jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Seu último livro, Not Everyone Gets a Trophy: How to Manage Generation Y (Nem todo mundo ganha um troféu: como lidar com a geração Y, ainda sem edição brasileira), traça um perfil dessa nova geração.
* É lenda urbana ou de fato esses jovens não respeitam os superiores?
Tulgan: A geração Y respeita seus superiores, mas não cede de uma hora para outra. Ela não vê as relações em termos hierárquicos. O que eles querem dos chefes é oportunidade de aprendizado, responsabilidades e chances de melhorar o que fazem. Eles querem se afirmar e estão à vontade com os mais velhos - às vezes até um pouco à vontade demais.
* Isso é porque eles nasceram no que você chama de "década da criança"?
Tulgan:
 Talvez. Essa geração foi superprotegida, educada em uma época em que valorizar a auto-estima e fazer as crianças se sentirem bem era a linha dominante. O resultado foi a criação de uma mentalidade que é uma fonte inesgotável de energia, entusiasmo e inovação que, se não for bem conduzida, pode causar muitos problemas.
* E isso fez com que eles se tornassem mais individualistas?
Tulgan:
 Mesmo sendo altamente individualistas e focados nas próprias recompensas, têm uma profunda consciência social, preocupação com o meio ambiente e com os direitos humanos. A maioria tem valores morais muito fortes e tentam viver por eles.

sábado, 6 de março de 2010

Escritoras Selvagens



Ilustração de Raul Allen. Amei!!!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Consultório Poético - Fabrício Carpinejar

Sou louca (no bom sentido) por ele, gente. Tou viciada em seus textos, livros e blogs... Tomei a liberdade de copiar e colar um texto que ele postou ontem, em seu blog Consultório Poético, em resposta a um leitor ciumento... Tudibão. Não percam!


"Dentro da grande intimidade, emerge o estranhamento. Não é o fim, não é o anúncio de separação, é uma ansiedade para resolver logo a situação e não sofrer com revezes. Mal começamos a amar e já pretendemos nos aposentar e sacar o Fundo de Garantia do afeto. A vontade é evitar esforços, consolidar o que foi feito, não pensar mais.  


Mas o amor é o contrário da carreira, o trabalho aumentará com o tempo. Amor estável é amor morto.

O problema do casal não é o passado ou o presente, porém o futuro, a prevenção sempre catastrófica.  Usamos a hostilidade para exigir respostas quando nem sabemos direito quais são as perguntas.  

Em sua carta, reparo em uma exigência maior do que ela pode oferecer. Pede antecipada uma vida a dois. Não deseja desfrutar do namoro, mas já do casamento, dos filhos e da velhice. É uma promissória longa demais para a experiência de vocês. A gula impede o sabor: atacará o prato desordenado, encherá a boca com displicência, indiferente aos temperos. 

Recomendo calma. Não é o momento de decidir, mas de aceitar, abrir espaço e compreender o contexto. Escondemos as fraquezas na superioridade. O Iago já estava conspirando dentro do Otelo - apenas apareceu um figurante de carne e osso para cruzar as suspeitas.

De modo involuntário, persegue um ideal de domínio, louco para exercer o controle e ditar as cartas. Não admite que nada aconteça diferente do planejado. No fim das contas, procura mostrar que você é melhor do que ela e ela precisa deixar de ser o que é porque só assim ela estará realmente lhe amando. Quer uma renúncia para apaziguar sua fome, não entende que se ela desistir do que acredita logo mais desistirá da crença do próprio namoro.

Por ser prática e diferente, não consegue antecipar seus movimentos. Gostaria que repetisse exatamente suas atitudes para comprovar sintonia. Isso não é harmonia, é desespero autoritário.

O orkut é maravilhoso para intrigas e suposições paranóicas. Se existisse internet na época de Shakespeare, Desdêmona não durava um dia. Relato uma experiência. Minha namorada tem um depoimento do seu ex na página inicial. Ele diz: "Eu te amo tanto". Claro que parti ensandecido para cima  e cobrei a exclusão do post. Considerava um insulto. Nossa falha é que nos sentimos idiotas, com medo de que seremos os últimos a descobrir os enganos. O medo não pensa, conclui.

Minha namorada não poderia descartar o depoimento, pois se veria envergonhada diante de suas amizades. Fundamentaria meu disparate e permitiria próximos boicotes. Além de tudo, era uma homenagem de uma época e sequer brigou com ele, e sim se separou. Permanece amiga e não tenho que restringir suas afinidades com qualquer um, mas dedicar meu tempo a cuidar das nossas.

A confiança depende de um passo singelo: não antecipar o pior.

Ao mexer no e-mail de nosso par, por exemplo, investigaremos cada vírgula posta, questionaremos o motivo do beijo se transmudar em beijinho, insuflados pela possibilidade de testemunhar uma infidelidade eminente.

Se sua namorada não publicou suas fotos no orkut, continue atualizando seu álbum. É melhor do que queimar o filme por bobagens. Exiba orgulho do relacionamento e não peça imitações. Toda cobrança é preguiça: procuramos deixar de fazer simplesmente porque o outro não faz." 

quarta-feira, 3 de março de 2010

POR QUE EVA COMEU A FRUTA?

Não foi assim facinho não!!!

No início, Eva não queria comer a fruta.

- Come - disse a serpente astuta! - e serás como os anjos!

- Não - respondeu Eva. Virando a cara para o lado!

- Terás o conhecimento do Bem e do Mal - insistiu a víbora.

- Eva cruzou os braços, olhou bem na cara da serpente e respondeu firme:

- Não!

- Serás imortal.

- Não! Já disse!

- Serás como Deus!

- NÃO, e NÃO! Já disse que NÃO!

Irritadíssima, quase enfiando a fruta goela abaixo, a serpente já estava
desesperada e não sabia mais o que fazer para que aquela mulher, de
princípios tão rígidos e personalidade tão forte comesse a fruta. Até que
teve uma idéia, já que nenhum dos argumentos haviam funcionado...
Ofereceu novamente a fruta e disse com um sorrisinho maroto:

- Come, boba!!! EMAGRECE!!!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Colo

Dedicado ao Super-Homem que
parou o mundo para eu descer ontem


A maioria dos homens desconhece o poder de um colo. Colo no bom sentindo, minha gente... No sentido de cuidar, mimar, paparicar etc. Nada tem a ver com “sentar” no colo (não que este outro colo não seja bom, mas, isso é assunto para outro texto).

Quando uma mulher de trinta pede colo é sinal que seu mundo desabou e ela precisa que alguém diga - com voz de galã de novela mexicana:

- Calma, minha querida, vou ali fora parar o mundo pra você descer... - Não, minha flor, não é incômodo nenhum, pelo contrário, é um prazer... - Pronto, pronto, tá tudo bem agora, deita aqui no meu ombro que hoje minha prioridade é cuidar de você...

Tá. Exagerei. Geralmente só uma ligação carinhosa e preocupada já resolve tudo. É tão simples, tão fácil, que chega a ser ridículo... Por isso homens do meu Brasil, por mais que a sua mulher faça pose-eterna-de-Mulher-Maravilha, em algum momento ela precisará de um Super-Homem por perto. A boa notícia é que você não precisará voar nem ter superpoderes, só um pouquinho de sensibilidade.



segunda-feira, 1 de março de 2010

Dia chato

tpm
mal humorada
muito trabalho
pouco dinheiro
dieta avassaladora
unha por fazer
sem tempo pra nada
aula pra preparar
céu cinza
frio
chuvisco
porra, será que poderia cair um "prazerzinho" do céu?